Por
Redação
Data de Publicação
27/04/2020
Editorial
Notícias
Como sou um otimista incorrigível —embora os fatos, muitas vezes, me desmintam—, creio que, após a pandemia, nossa sociedade em particular e o mundo em geral irão emergir mais conscientes da nossa fragilidade. E isso nos encaminhará para um tipo de sociedade mais solidária, respeitosa e cidadã.
O ser humano, quando em contato com o perigo, volta-se para seu interior e, ensimesmado, passa a refletir o quanto o outro lhe é importante e tem valor; e, nesse sentido, o quanto a alteridade precisa ser preservada. Passado o perigo, refazemos nossos laços e buscamos nos aproximar daqueles que se distanciaram, seja por questões físicas, seja por questões, digamos, ideológicas.
Paulo Martins
Professor livre-docente de letras clássicas e vice-diretor da FFLCH-USP
(Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo); autor de 'Imagem e Poder' (Edusp), entre outros
Disponível em: https://www.fflch.usp.br/2196. Acesso em 09 de maio de 2022.