Leia o trecho a seguir.
“Entrando ali, pareceu-me1 entrar em um templo fantástico e sem proporções. É natural o fenômeno: sempre que nos achamos2 diante das obras-primas da criação, secreto instinto nos adverte que estamos na presença de Deus. A admiração tem então a solenidade de um recolhimento e de uma homenagem. As impressões passam dos sentidos ao fundo da alma onde vão repetir-se3 com maior intensidade. Todas as nossas faculdades — a inteligência, a imaginação, a própria vontade — deixam-se dominar de uma como volúpia que não é sensual, mas deleitosa, e grande como é talvez o êxtase. Ainda quando tenhamos o espírito cansado dos erros e injustiça dos homens, nós o sentiremos levantar-se4 imediatamente cheio de vida diante da representação enorme, como se ele se achasse em sua integridade virginal. É o efeito do assombro que percorre, como fluido, o nosso organismo, despertando em nós abrutas sensações que nunca experimentamos, e que são para nós verdadeiros fenômenos do mundo fisiológico.”
TÁVORA, Franklin. O cabeleira. Disponível em: http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/ Livros_eletronicos/o _cabeleira.pdf. Acesso em: 01 abr. 2022.
Após a leitura desse fragmento, analise as afirmativas abaixo, tomando, como base, a norma padrão para a colocação dos pronomes oblíquos átonos na língua portuguesa escrita.
I. Em “pareceu-me” (ref. 1), a colocação enclítica do pronome é obrigatória, já que se inicia uma oração.
II. Em “nos achamos” (ref. 2), a próclise do pronome deve ocorrer por conta da presença de uma palavra atrativa.
III. Em “vão repetir-se” (ref. 3), o pronome oblíquo tem a opção de ocorrência em próclise ao verbo auxiliar.
IV. Em “levantar-se” (ref. 4), há a opção de se colocar o pronome oblíquo em posição proclítica.
Está(ão) correta(s)
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